terça-feira, 26 de junho de 2007

Festival de Inverno de Petrópolis - Cristal Jazz

Olá amigos,
Dentro da programação do Festival de Inverno de Petrópolis, o Leo Rugero trio, formado por Leo Rugero (Violão de 8 cordas, piano, sanfona de 8 baixos, violino e viola caipira), Felipe Depoli(contrabaixo acústico) e Anderson Sabadine (percussão) estará se apresentando no próximo dia 14 de Julho, sábado, às 18hs, no Palacio de Cristal, dentro da Série "Cristal Jazz".
A apresentação do Leo Rugero trio será a abertura do concerto de Claudio Dauelsberg(piano) e Ney Conceição(contrabaixo), que se realizará às 19hs.
Entrada franca para o show de abertura.Para o show de Dauelsberg, entrada franca mediante a doação de 1 lata de leite em pó.
Será a estréia de meu novo trabalho, e conto muito com a presença de vocês!

domingo, 24 de junho de 2007

Raízes árabes na formação musical brasileira

cena da festa "Mouros e Cristãos
em Caravelas - Bahia



Há quem acredite, como a musicóloga Hermelinda Azevedo Paes, que "as influências ibérica e africana foram, incontestavelmente, as mais importantes no processo de formação da nossa música".


Discussões à parte, muitos estudiosos da formação musical brasileira, atribuem que resquícios da cultura árabe estariam sempre presentes no cerne da cultura portuguesa, devido a longa ocupação dos árabes em território português e espanhol.


Entre os estudiosos, aquele que foi mais longe nessa perspectiva foi Luis Soler. Autor de "As raízes árabes na tradição poético-musical do sertão nordestino", livro no qual o autor reinvindica ao árabe o posto hierárquico dentro das genealogias e ascendências que habitariam o solo nordestino dos primeiros tempos, e do qual também fariam parte os jesuítas, trovadores...e dos bárbaros colonizadores pouco se fala.


Há um trecho de seu livro em que Soler traça um paralelo entre tradições mouras e sertanejas: "o lenço cobrindo a boca e o pescoço das mulheres(N.A. Nunca vi uma mulher nordestina trajando uma burka...), a instituição da cabra na vida caseira, o amor ao cavalo - um verdadeiro culto entre os sertanejos - muitos tipos de comida:as coalhadas e os requeijões sertanejos, o cuzcuz - o alcuzcuz dos árabes -, etc."


Mais adiante, o autor enumera o canto mais falado do que cantado dos cantadores nordestinos como uma reminiscência do "lingui-lingui" árabe, o lenga-lenga nordestino.


O celebrado Ariano Suassuna é outro autor que vai chamar a atenção da influência árabe, elemento que irá nortear parte da estética Armorial. Nas palavras de Suassuna, "(...) há muito no brasileiro que não é europeu, nem indígena, nem contato direto com a África Negra através dos escravos.Que explicam o muito de mouro que persistiu na vida intíma do brasileiro através dos tempos coloniais".


Entre o final dos anos 90 e começo de 2000, inspirado por estas idéias acerca da influência ibérica nas raízes culturais brasileiras, comecei a garimpar tudo o que tivesse a influência árabe em nossa cultura. De fato encontrei poucos elementos que realmente fossem "árabes". E ainda assim, mais como algo subjacente, que em poucos momentos parecia estar em primeiro plano.


Em meio a estas pesquisas, foram surgindo algumas composições, onde eu exagerava esta influência através do uso de modalismo árabe ou chamando a atenção para detalhes de ritmo. Entre as composições, eu destacaria "Miragem" e "Vozes do deserto", que como os próprios títulos sugerem, possuem muito desta influência. Mais tarde, a poeira abaixou, outras influências se tornaram mais fortes em minha formação musical, mas posso considerar que este aprofundamento foi significativo e gerou alguns bons frutos.


Aqui, "Miragem" e "Vozes do deserto" aparecem interpretadas pelo saudoso Varal de Corda, em gravação realizada em 2001.





Miragem (Leo Rugero)


Leo Rugero - violão e violino


Andrea Spada - baixo acústico


Heber Caperê - percussão





Vozes do deserto (Leo Rugero)


Leo Rugero - violino


Andrea Spada - contrabaixo


Heber Caperê - berimbau-de-boca e percussão





Para quem quiser se aprofundar neste assunto:


As estruturas modais na música folclórica brasileira - Ermelinda A.Paz


As raízes árabes na música folclórica do Brasil -Luis Soler

terça-feira, 19 de junho de 2007

Aboio




Os aboios são cantos sem acompanhamento, entoados pelos vaqueiros para ajudar a conduzir o gado. Não foram poucos aqueles, que como eu, não tenham se maravilhado por estes cantares.


Como exemplo, posso citar as palavras do nosso grande romancista José de Alencar: "O aboiar de nossos vaqueiros, ária tocante e maviosa com que eles, ao por do sol, tangem o gado para o curral, são os nossos ranz sertanejos...Quem tirasse por solfa estes improvisos musicais, soltos à brisa vespertina, houvesse composto o mais sublime dos hinos à saudade".

Muitos compositores, ao longo de nossa história musical seguiram o conselho do poeta e inspirados pelos aboiares compuseram seus hinos à saudade.

Minha primeira audição de um aboio não foi na paisagem natural que lhe serve de palco, que são as pastagens. Não. Minha primeira escuta se deu ao ouvir o disco "Amazonas" do grande percussionista Naná Vasconcelos. Na faixa "Coisas do Norte", ele entoa vários destes cantos sem acompanhamento. Cantos dolentes, carregados de melismas.Melodias suspensas no ar. Impossível não comparar com o Gregoriano em sua solenidade pastoral.

Normalmente, os versos dos aboios tratam de temas relacionados ao cotidiano dos vaqueiros. Assim como nestes versos: "Não me chamo boiadeiro/boiadeiro é o meu patrão/sou apenas um vaqueiro/essa é minha profissão". Ou ainda: "Toda vez que o galo canta/eu também quero cantar/galo canta de alegria/canto para não chorar".

Anos se passaram, e permaneceu acesa dentro de mim, a forte impressão que me causaram estes cantos.Em 2002, na ocasião de compor a trilha sonora do CD-ROM "IQM verde", onde um dos temas eram as "pastagens", me veio de imediato a inspiração de compor algo em torno de um aboio.Embora tenha surgido como uma peça instrumental, me ocorreram os seguintes sobre a melodia: " De janeiro à janeiro/eu e minha solidão/revirando mundo inteiro/nas Veredas do Sertão".

Através do solo de violino introdutório busquei evocar a herança ibérico - moura que se perde no ar destas imensas pastagens. Depois, a música segue devagar e sempre como o andar lento e comtemplativo do gado nas pastagens, representado pelo arpejo obstinado do piano.

Mais tarde, em 2005, esta música também serviu de trilha ao audiovisual "Pequenos gestos" da fotógrafa Debora 70.



Leo Rugero - Violino, piano, sanfona de 8 baixos, baixo elétrico e efeitos de percussão;
Gravado em Janeiro de 2007


Ouça também:


Nivaldo Maciel e Gilberto Câmara - vozes

Gravação de um aboio tradicional extraída do dico " Música Popular do Norte de Minas Gerais" - Discos Marcus Pereira - 1979.


domingo, 17 de junho de 2007

Quadrilha Junina

Não há festa junina sem fogueira e foguetório.Também não pode faltar arroz doce, canjica, bolo de fubá, quentão...bandeirinhas coloridas, todo o povo devidamente trajado, mas acima de tudo, uma dança, que na sua ausência, a festa jamais seria completa: a Quadrilha.
De origens remotas, nasceu na Inglaterra por volta do Século XIII.Com a Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França, fez com que os francesses adotassem esta dança.
E daí a Quadrilha, atrevessando os sete mares, migrou para o mundo...
No Brasil, a Quadrilha enquanto expressão musical despontou no final do Século XIX, adquirindo desde então características peculiares e até hoje a Quadrilha se faz presente no repertório nacional, sobretudo durante o período junino. E como gênero musical, tem inspirado muitos de nossos compositores ao longo das décadas.
Como eu não poderia ficar de fora desta festa, dedico a todos vocês uma Quadrilha Junina chamada " Arraiá".
E viva São João!

Arraiá ( Leo Rugero)

Leo Rugero - Sanfona de oito baixos, triângulo, agogô e adufe.



sábado, 16 de junho de 2007

O lixo em processo


Em Julho de 2006, ocorreu a montagem do espetáculo "O lixo em processo" no Teatro Municipal de Petrópolis, dentro da programação do Sexto Festival de Inverno de Petrópolis. Espetáculo multimídia dirigido por Leandro Zappala e que contou com um elenco eclético: a atriz, bailarina e cantora sueca Anna Af Sillen de Mesquita, a bailarina e coreógrafa Alessandra Zappala, o sound-designer Edson Secco, o artista plástico Marcelo Caldas, o Ator uruguaio Andrès Perez, o próprio Leandro Zappala e este que vos fala, Leo Rugero.
Espetáculo intrigante, um desafio aos sentidos, foi uma das experiências estéticas mais radicais e por isso mesmo, das mais fascinantes, da qual eu já participei.
Obrigado, Leandro Zappala, por tantos questionamentos levantados.Um desses espetáculos dos quais não saímos os mesmos.
TEATRO FÍSICO - Lixo em Processo. Um espetaculo de teatro físico que mescla movimentação, música clássica, música eletrônica, canto, teatro, artes plásticas e video. A criação do material se dá a partir deste sistema de elementos em permanente construção, interação e movimento.
assim como o processo de trabalho a partir dos interpretes, extraindo deles depoimentos e vivências peculiares, utilizando o que cada um possue, suas possibilidades, investigando o espaco cênico a partir desses elementos, procurando nao estabelecer limites ou rótulos para o que estamos fazendo.
Trazer diversas linguagens para o mesmo âmbito criando a partir da mesma matéria bruta, permitindo a interação entre elas.. Este é um dos desafios para a "Quarto Physical Theater". Procurando criar um lugar de crescimento mútuo, onde questões é que estão em jogo, onde público não é mais público e intérpretes não mais intérpretes, onde realidade e ficção se misturam.





Para dar uma conferida em "O lixo em processo", clique aqui

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Desarvoredo - Cantos para a Mata Atlântica

foto:A.C.Junior

Em Dezembro de 2002 escrevi a trilha sonora do CD-ROM "IQM verde II - Indice de qualidade dos municípios" lançado pela Fundação CIDE - Centro de informações e dados do Rio de Janeiro.

O projeto IQM, idealizado por meu irmão, o geógrafo Waldir Rugero Peres, "(...) dá prosseguimento à discussão sobre a fragmentação florestal e suas implicações, além de fazer um estudo comparativo da cobertura arbórea do Estado do Rio de Janeiro nos últimos trinta e cinco anos".

Bem, lançado este tema, busquei escrever um "contraponto"às questões abordadas neste CD-ROM.

Assim, "desmatamento", "Mata Atlântica", "desertos", "pastagens", "queimadas" foram algumas das imagens que serviram como ponto de partida para a composição da trilha.

Outra preocupação que norteou minha criação foi a busca de elementos sonoros presentes no Estado do Rio de Janeiro, pois não haveria matéria-prima melhor do que a música deste mesmo Estado, conhecida e re-conhecida por sua grande riqueza.

Seus cantos e danças. Música dos homens e a paisagem sonora.

Deste modo, embora tenha sido um trabalho de livre e espontânea inspiração, a todo momento se evoca algum motivo sonoro da Região Fluminense.Seja o canto de um pássaro que quase não é mais ouvido ou uma cantilena que se perdeu na memória dos mais velhos.Seja o ritmo de uma antiga parlenda que quase não é mais recitada até os passos de uma dança que perdeu o passo em alquma esquina.

Na época, o trabalho foi gravado pelo Grupo Varal de Corda em sua segunda e derradeira formação. Atualmente estou regravando com novos arranjos algumas das músicas que figuram nesta trilha, até hoje inédita nos palcos.


Desarvoredo - Cantos para a Mata Atlântica


Leo Rugero - Violino, viola caipira, violão de oito cordas, voz, composições & arranjos

Marcius Rébula - Flauta transversal, sax soprano e Clarinete baixo

Fernando Sixel - teclados

Heber Caperê - Bateria, tabla e percussão



5 - Coivara (Leo Rugero)

6 - Excelência (Domínio público)
7 - Diadorim (Leo Rugero)

8 - Chuvanamata (Leo Rugero)
9 - Santa Clara (Domínio público - Adaptação e arranjo de Leo Rugero

Para fazer o download completo de Desarvoredo, clique: http://rapidshare.com/files/37284297/Desarvoredo.rar----------------------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 12 de junho de 2007

O cordeiro da lã dourada


Em 1998, eu e meu então futuro companheiro no Varal de Corda, o percussionista Heber Caperê atuamos na montagem do espetáculo "O cordeiro da lã dourada" e consequentemente participamos ativamente de sua gravação. Trata-se de uma história tradicional sufi adaptada.

O disco, creio eu, está fora de catálogo, e o grupo "Os Trovadores", Renato de Resende, Cristiana Lacerda e Daniella D`andrea se dissolveu há muito tempo. Mas vale a lembrança deste trabalho, que está disponível para gravação no link abaixo:

Varal de Corda

foto: A.C.Junior
Varal de Corda foi um trio atuante entre 1999 e 2002, formado por Leo Rugero (violão, viola caipira e violino), o contrabaixista italiano radicado no Brasil Andrea Spada (baixo acústico e sitar) e Heber Caperê(percussão).

A sonoridade algo extravagante do trio logo despertou a atenção de alguns músicos e curiosos.Embora tenha durado pouco, até que para um grupo instrumental teve uma atividade intensa.Entre as apresentações destacam-se o BNDES, Teatro Planetário, o extinto (e saudoso) Arte Sumária, Museu da República e por aí vai...

Abaixo, o texto extraído do release do grupo:

"Varal de Corda é uma busca sonora.


Busca que passa por sonhos, imagens, lembranças, gestos, vozes, luzes, símbolos, ventos, fragrâncias...


Uma viagem por um tapete mágico passando pela Índia, Oriente médio, mediterrâneo, península ibérica e desembarcando no sertão do Brasil. A música do grupo pode ser comparada à técnica de um pintor pesquisando novos matizes a partir de materiais já existentes, ou em certos aspectos ao de um alquimista à procura da pedra filosofal.

O grupo se utiliza de instrumentos que, por si só, traduzem este percurso; o sitar e a tabla, nítidos reflexos da alma da Índia; ecos ciganos e mouros do violino bem como do violão originário da península ibérica; o derback e o adufe, retratos da música árabe; a viola caipira que traz no seu bojo o sertão.

Varal de Corda é uma proposta moderna de uma potencial globalização humanística, incorporando elementos regionais em um contexto universalizado.
...um lugar imaginário onde convergem todas as vivências em forma sonoras."

Para ouvir Galope(Leo Rugero) com o Varal de Corda, clique aqui

segunda-feira, 11 de junho de 2007


Encontro de Sanfoneiros


Sábado, 26 de Maio de 2007.Saímos de Petrópolis ao entardecer, cruzando a Serra com um objetivo específico: O Segundo Encontro de Sanfoneiros de Teresópolis, promovido pelo Sesc.Não sabiamos o que encontrariamos pela frente.Fomos, eu e Claudia, no espírito de aventura.

A viagem não poderia ser melhor, uma noite invernal, fria porém estrelada, e uma lua radiante iluminando o nosso caminho.Ao chegarmos, qual não foi a nossa surpresa!Um palco montado em meio à Calçada da Fama, bem no centro de Teresópolis.Muita gente que como nós,ali havia se dirigido para ouvir o som das Sanfonas.Gente de todas as idades, o som da Sanfona pode até ser de outros tempo, mas também é de todos os tempos.

E como não são as coincidências da vida. Eu havia conversado com a organizadora do projeto, Renata Consort, poucos dias antes a respeito da Sanfona de 8 baixos, que é um instrumento ao qual tenho me dedicado, e é cada vez mais raro no Estado do Rio de Janeiro. E ela me falou a respeito de Seu Timbira, um representante da tradição dos oito baixos em Teresópolis.Pois bem, Seu Timbira é sogro de Renato de Carvalho, músico e velho amigo dos tempos da Tijuca, que também estava lá!Aí já foi meio caminho andado para uma boa prosa com o Seu Timbira, que inclusive batizou a minha Sanfona Universal, recém adquirida.

Aliás, ele encerrou a noite, que foi pontuada por bons sanfoneiros de Teresópolis, com um repertório variado, do virtuoso Alex que interpretou a canção russa "Duas Guitarras" até um forrozeiro nato, mostrando a Sanfona de A à Z.

Eu também dei a minha canja, mostrando um pouco das lições do meu saudoso mestre e amigo, Seu João Torquato, ou como batizou Geralda Magela, Seu João dos oito baixos.

E ao som da Sanfona de Seu Timbira, a festa acabou em Quadrilha, com muitos casais a dançar para espantar o frio e celebrar a beleza de uma tradição que jamais morrerá. E viva São João!

Para fechar a noite, todos os participantes improvisaram ao som de Asa Branca, de Humberto Teixeira e Luis Gonzaga, este patrono da Sanfona brasileira. A noite foi dedicada a dois grandes sanfoneiros que recentemente nos deixaram, Mario Zan e Sivuca.

Parabéns a todos do Sesc Teresópolis pela realização deste belo evento, e que ocorram outros em breve.

Brasilis Quartet

Para dar uma rápida conferida no trabalho do Brasilis Quartet interpretando Somilga gar med traiga skör de Cornelius , clique aqui

domingo, 10 de junho de 2007

Brasilis Quartet


Fruto do encontro de Leo Rugero com a Cantora, atriz e bailarina sueca Anna af Sillen de Mesquita. Bossa-nova sempre nova de Jobim, com uma escuta atenta ao improviso que surge a cada instante. Atonalismo e free-jazz ao redor de um banquinho e um violão.
Por uma semana, minha casa se transformou em um estúdio de gravação. E em dois encontros gravamos algumas músicas juntos.
O auxilio luxuoso de não só um pandeiro, mas de uma bateria de escola-de-samba completa nas mãos de Anderson Sabadine, "a serviço do ritmo sempre"e o baixo acústico sensível de Felipe Depoli completam a instrumentação.
No repertório, além dos clássicos eternos de Jobim, o "Gaio da Roseira"de Paschoal José da Costa e Divina Eulália de Oliveira, pais de Hermeto Pascoal. Também a recriação abrasileirada de uma canção sueca, "Somilga gar med trasiga skor" de Cornelius.


Brasilis Quartet:


Anna af Silen de Mesquita - voz


Leo Rugero - violão, piano, Sanfona de 8 baixos e arranjos


Felipe Depoli - baixo acústico


Anderson Sabadine - bateria
Musicas:
1) Somilga gar med trasiga skör (Cornelius)
4)Aguas de Março (Antônio Carlos Jobim)
5)O morro não tem vez(Antônio Carlos Jobim)
download here

Gravado nos dias 3 e 7 de Junho de 2007 no Sítio Repouso, Petrópolis - RJ